"Todas as coisas me são lícitas; mas nem todas me convém."

"Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome. Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo,Cores! Passeio pelo escuro,eu presto muita atenção no que meu irmão ouve E como uma segunda pele, um calo, uma casca,uma cápsula protetora Ai, Eu quero chegar antes ,prá sinalizar o estar de cada coisa Filtrar seus graus... Eu ando pelo mundo, divertindo gente, chorando ao telefone E vendo doer a fome, nos meninos que têm fome... "

O que não sei dizer é mais importante do que eu digo (Clarice Lispector)

"É o mesmo Sol que derrete a cera e seca a argila "- Antoine de Saint-Exupéry

"Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira."

"Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena."

...Que procuras? – Tudo. Que desejas? – Nada.
viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
... (Cecília M.)

Ecce ancílla dómini.

"Todo dia, a insônia me convence que o céu faz tudo ficar infinito"

"não há o que temer, embora o medo exista em nós,mas a fé nos faz mover montanhas."



sexta-feira, 19 de março de 2010

Memórias vivas

Eu nem sei porque vou escrever isso aqui, talvez seja pra partilhar,
talvez seja um desabafo ... não sei ...
Mas nestes últimos um mês e meio, tenho me preparado, para o processo seletivo que vou fazer neste domingo, para trabalhar no Museu do Ingá.
Mergulhei num mundo de literatura, arquitetura, artes plásticas, música, danças folclóricas ... um mundo de MENSAGENS.
E como é diferente ! estar do outro lado da folha, da tela, interpretando uma dança que não é minha, rabiscos que de longe não são meus ...
E a magia não é maior nem menor.
Realizei que as pessoas partem para o outro mundo, e deixam um legado ... Ah se fossem todos bons ...
Há pouco mais de um mês , eu não estava muito legal, e mamãe resolveu me levar num centro histórico, com obras e móveis de alguns artistas.
É impressionante como eles se fazem presentes. Quando entrei na reconstituição do que seria o quarto da Cecília Meireles, foi onde passei maior parte do tempo, olhando aquela escrivaninha de boticário (cedida por familiares dela) a imagem dela sentada em sua cadeira escrevendo era inevitável .
No salão central, não tive a ousadia de sequer tocar nas teclas do piano de Bethoven, era como se ele estivesse ali, vigiando para que nenhum entruso ousasse desafinar sua alma .
Notei também, que as pessoas não vão aos museus com a freqüencia que deveriam. Pra que então, querer trabalhar num lugar onde corro o risco de levantar animada pra missão, e passar o dia muda?
Porque sempre tem alguém, que vai querer saber o que se passou e o que se passa.
E mesmo se não tivesse,
pessoas que deixaram um lindo trabalho,
merecem um lugar ,
com suas memórias vivas ...

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