Carta ao amigo

Meu grande amigo, Meu parceiro da madrugada. 
Nāo houve uma historia minha em que nāo terminou ou dele que eu nāo terminasse. Previamos, romances imprevisiveis a cada historia nascida desse amor inocentemente vivido.
Sempre foi assim. Começamos cedo.
incrivel compreencao do que o outro pensava, sentia.
 Dificil explicar. Nao nos completávamos, eramos um. Duas mesmas metades.
Amadurecemos.
Ele achou melhor ir levar a alegria dele aonde há tristeza e seca neste imenso e desigual país.
Foi pras forças armadas, prentende ficar a rodar o norte e nordeste.
Nos separamos.
Há alguns bons meses, eu estava triste e fui a capela de Nsa. Senhora das graças, pedir colo pra māe celeste.
Duas quadras depois de sair de lá fui surpeendida pelo abraço mais aconchegante e inesperado,
Mais que uma bençāo naquele momento.
Era ele.
Nem consegui ficar brava por estar na cidade e nāo avisar.
sempre estave por perto pra me ajudar, como um anjo. 
Já me salvou de acidentes,
Da tristeza,
De malandros,
De mim mesma. 
Madrugadas mornas, frias, ele lá.
Eu cá.
Meu copo tá vazio, cade tu pra encher parceirinho?
Seus domingos estāo finalmente floridos?
Realizou seu sonho?
Fazem semanas que nāo recebo noticias suas.
Estou no centro- oeste do país a caminho de Roraima e depois Amazonia,
Tenho muitos projetos em mente!
Nāo consigo parar de pensar em você.
sei que você me lê de onde estiver.
Eu ia dizer que te amo,
Mas nem é necessário falar. 

Tunel do tempo

Ao voltar pro piano, descobri que não é apenas dança que move o corpo, a música move a alma.
Como bailarina sempre estive acostumada a sentir as notas que alguém toca.
Mas tocà-las vai ainda mais além.

A música nos levas aos lugares mais distantes,
Nos leva para o tempo em que desejamos estar,
Aonde somos o que queremos ser,
Vivemos o sonhamos viver.

Brasilia,
Madruga estrelada cercada do verde

Criaçāo

Não se partilha o vazio.

Amor de menina

Ela não o conhecia,
Ele tinha o telefone dela.
Ela recebia cartas. Namorado a moda antiga.
Ele a namorava pela janela enquanto a via ensaiar.
Ela não sabia.
Ele um dia esqueceu de sair da janela.
Ela, apressada como sempre, saiu correndo e tropeçou nele.
Ele criou coragem e se declarou.
Ela disse estar cansada, estava ali já iria fazer horas.
Ele a convidou para tomar um suco.
Ela aceitou.
Ele e ela andavam de bicicleta.
Ela e ele, amor bucólico na cidade grande.
Ele era fotografo.
Ela adorava isso nele.
Ele no final do verão foi embora com sua exposição.
Ela continuou seus ensaios. Agora sem ser espiada através da janela.
Ele seguiu em frente, mas de vez em quando, escreve.
Ela tambem seguiu, embora ainda espere ele na plateia.

Mais uma vez, de novo.

Fogos de artificio,
promessas repetidas,
pessoas que não se falam durante o ano, abraçam e se beijam. Hipocrisia? Espirito de Final de ano ?
tanto faz.
Apesar da beleza de cada ano ser chegar o dia 31 de dezembro, e ver que cada um dos 355 dias vividos foram únicos e insubistituiveis, eh a noite de Reveillon que nos torna sensíveis e esperançosos !

Chance que o calendario cede,
aos humanos
para que planejem corrigir suas falhas e repetir suas vitorias.

Nao ha nada como comecar o ano, esperando que seja o melhor da sua vida.

Feliz Ano Novo!!!