"Todas as coisas me são lícitas; mas nem todas me convém."

"Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome. Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo,Cores! Passeio pelo escuro,eu presto muita atenção no que meu irmão ouve E como uma segunda pele, um calo, uma casca,uma cápsula protetora Ai, Eu quero chegar antes ,prá sinalizar o estar de cada coisa Filtrar seus graus... Eu ando pelo mundo, divertindo gente, chorando ao telefone E vendo doer a fome, nos meninos que têm fome... "

O que não sei dizer é mais importante do que eu digo (Clarice Lispector)

"É o mesmo Sol que derrete a cera e seca a argila "- Antoine de Saint-Exupéry

"Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira."

"Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena."

...Que procuras? – Tudo. Que desejas? – Nada.
viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
... (Cecília M.)

Ecce ancílla dómini.

"Todo dia, a insônia me convence que o céu faz tudo ficar infinito"

"não há o que temer, embora o medo exista em nós,mas a fé nos faz mover montanhas."



sábado, 24 de julho de 2010

Espelho d´agua

Era dia de faixina,
e por mais cansativo que fosse, ela adorava fazê-lo;
pois também era dia de redescobertas !
Olhou em redor,
e mal sabia por onde começar.
Tanto tempo que não ousara abrir a parte de cima de seu armário (mas não sabia se não o fizera por preguiça ou por receio do que poderia ver por ali).
Tanto faz,
o importante é que agora foi tomada pela devida coragem para navergar no seu próprio mundo.
Abriu então as portas, foi retirando as caixas
uma a uma.
Ficou admirada de não terem sumido as incrições que deixara nas caixas, isso, caso ela precisasse achar algo rápido no seu imenso infinito pessoal.
Não havia muitas recordações de infancia,
pois há alguns anos, arrumara seus poucos brinquedos com sua mãe e os doara para quem ainda não havia brincado com eles.
Mas suas fantasias, essas sim !
Guardou, senão todas, quase todas!
Se perdeu nas lembranças,
cada deusa grega que havia representado,
cada sapatilha velha, usada exaustivamente em ensaios e dia de apresentação;
suas coroas,
seus vestidos rendados de época !
Cada qual com sua história.
Descobriu dentre tanta bagunça uma pequena caixa,
não iria abrir, pois se não lembrava a que se referia,
provavelmente não seria nada de grande importância.
Mas sua curiosidade sempre foi maior do que qualquer racionalidade.
E que bela supresa, essa caixa a reservara !
inúmeras fotos,
é impressionante uma máquina ter o poder de eternizar momentos.
Não conseguiu segurar as lágrimas em seus olhos,
viu seu mundo cair por alguns infinitos segundos,
não sabia o que estava acontecendo;
eu, que assisti tudo, sei nomear isso: saudade.
Só conseguiu parar de chorar quando levou um susto,
ora que textos seriam aqueles, junto com as fotos?
reconheceu a letra,
notou que os papéis estavam datados.
7 anos !
Essa seria a idade que começara a escrever e desenhar.
(Uma necessidade inata me parece).
Após reorganizar suas coisas, voltou pra seu cotidiano,
não mais como antes;
estava agora ainda mais motivada em viver.
Que benção é lembrar como somos em nosso mais íntimo!

domingo, 11 de julho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010

Carisma

“Olho para minhas mãos, descubro nela a leveza para alcançar o detalhe. A sensibilidade exata para interferir na dor. A mobilidade necessária para atingir o mais difícil. A vivacidade que percebe o que não pode ser dito. Abre-se um sorriso, descubro nele a perfeição que faz de minhas mãos um instrumento. A simplicidade que torna simples o mais difícil. A sensibilidade que me diz tudo sem nada dizer. Gestos, sorrisos, expressões que unem dom e desejo, auxílio e agradecimento, ODONTOLOGIA e ARTE.”

palavras de alguém que como eu,
entende e compreende essencia da profissão e missão.