"Todas as coisas me são lícitas; mas nem todas me convém."

"Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome. Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo,Cores! Passeio pelo escuro,eu presto muita atenção no que meu irmão ouve E como uma segunda pele, um calo, uma casca,uma cápsula protetora Ai, Eu quero chegar antes ,prá sinalizar o estar de cada coisa Filtrar seus graus... Eu ando pelo mundo, divertindo gente, chorando ao telefone E vendo doer a fome, nos meninos que têm fome... "

O que não sei dizer é mais importante do que eu digo (Clarice Lispector)

"É o mesmo Sol que derrete a cera e seca a argila "- Antoine de Saint-Exupéry

"Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira."

"Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena."

...Que procuras? – Tudo. Que desejas? – Nada.
viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
... (Cecília M.)

Ecce ancílla dómini.

"Todo dia, a insônia me convence que o céu faz tudo ficar infinito"

"não há o que temer, embora o medo exista em nós,mas a fé nos faz mover montanhas."



domingo, 28 de março de 2010

Tem como não gostar da Clarice ?

“(...) Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntando com alguma ironia se eu também queria o rato para mim (...).” (Perdoando Deus; Felicidade Clandestina - Clarice Lispector)

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